Thais Lefcadito

A relação de afeto ao sentir-se reconhecido, validado e acolhido é a base para o desenvolvimento do ser humano. Não existe melhor imagem para traduzir este conceito do que “ser colo”, acolher, seja com o toque, com o olhar, com as palavras. Convidar a criança desde a mais tenra idade a ser um participante ativo nos seus cuidados cotidianos e atividades estabelece um vínculo seguro. A cooperação mútua que ocorre ao trocar fraldas, agasalhar em dias mais frios, comer ou dormir permite à criança sentir-se como um ser bom. Cada momento de cuidado é uma oportunidade de presença e dedicação e permite o desfrute e o interesse mútuo. Cada descoberta ou desafio no brincar é uma ocasião propícia para se sentir estimado e acompanhado. #observatoriodainfancia #vinculoseguro #ritmo #criarcomafeto #autonomia #maternidade #mãedemenino #mãedemenina #maternidadeconsciente #movimentonatural #piklerapproach #pikler #infanciarespeitada #pedagogiapikler

A criança é um ser capaz, um explorador nato pronto para aprender e que está preparado para fazê-lo a cada momento, de acordo com suas habilidades em seu processo de crescimento. É preciso confiar nas suas capacidades e fornecer apenas as ajudas necessárias, que lhe permitem desfrutar o domínio das suas próprias ações. Essa atitude oferece mais sentido ao que a criança está experimentando, como um ser autêntico, que se sente seguro, competente e valorizado. Como essa reflexão chega para você? #vinculoseguro #observatoriodainfancia #ritmo #criarcomafeto #autonomia #maternidade #mãedemenino #mãedemenina #maternidadeconsciente #movimentonatural #piklerapproach #pikler #infanciarespeitada #pedagogiapikler

Conceber o espaço da criança como um lugar seguro, cuidado, previsível e instigante, permite à criança mover-se livremente com confiança. Ao mesmo tempo, este lugar deve oferecer oportunidades para pequenos desafios de acordo com suas capacidades. Um ambiente em que a criança pode fazer todas as coisas que naturalmente faria. Um espaço onde o adulto está presente, amparando emocionalmente, disponível se necessário (mas dedicado a algum afazer ou tarefa própria), sem intervir de forma direta nas experiências. � Que o tempo para brincar seja sem interrupções, com liberdade para explorar. Em vez de tentar ensinar novas habilidades para as crianças, oferecer as condições e o tempo necessário para que possam dedicar-se plenamente ao que já estão fazendo. Que cada criança possa desenvolver sua iniciativa a partir do seu próprio interesse, e assim, gradualmente fortalecer a sua autonomia em fazer e descobrir, com a figura do adulto como referência e porto seguro. � �Foto realizada no @cucuespaciodecrianza. � #observatoriodainfancia #ritmo #criarcomafeto #autonomia #maternidade #vinculoseguro #paternidade

A descoberta das pequenas coisas são grandes momentos para as crianças. Ações cotidianas são momentos de aprendizagem: cada encontro é uma vivência que a criança registra e recorda para melhorar a próxima experiência. Através desse processo, ela entende a sequência, desenvolve a linguagem, e descobre a si mesma, para depois ser capaz de entrar em hábitos sociais e experimentar o vínculo e uma relação de respeito com o adulto. Durante o primeiro setênio, o lar já é um mundo inteiro para a criança. Cuidar, organizar, limpar, regar, cozinhar, criar bem-estar através de atos rotineiros, são atividades que podem parecer banais para os adultos. Porém, basta observar mais de perto para ver que são cheias de sentido e riquezas do fazer humano quando realizadas com presença: são vivências envolventes, cálidas e maravilhosas, principalmente nesta etapa. #observatoriodainfancia #ritmo #criarcomafeto #autonomia #maternidade #vinculoseguro #paternidade #maternidadeconsciente #movimentonatural #piklerapproach #pikler #infanciarespeitada #pedagogiapikler

A vida se movimenta de forma rítmica. Na primeira infância, promover um ritmo saudável de contração e expansão é benéfico para o desenvolvimento, auxilia na vitalidade e traz leveza para a interação familiar. A criança vive o ritmo como um abraço, uma proteção que nutre e permite se apropriar do que acontece no seu cotidiano. E isso pode ser desfrutado com grande encantamento, coroado por canções e pequenos rituais, pela voz que antecipa, pelo gesto gentil, por códigos e transições que ajudam a interiorizar o ritmo, como uma coreografia que acontece ao longo do dia entre adultos e crianças. Veja nas imagens alguns exemplos de como conduzir transições e estabeleça um ritmo entre as atividades de sua rotina! #observatóriodainfância #vinculoseguro #observatoriodainfancia #ritmo #criarcomafeto #autonomia #maternidade #paternidade #maternidadeconsciente #movimentonatural #piklerapproach #pikler #infanciarespeitada #pedagogiapikler

Nos construímos como pessoas a partir das nossas experiências com o meio físico, com nossos encontros com nós mesmos e com o outro que contém, que acolhe, que nos ajuda a significar. Já falei aqui sobre porque não usamos móbiles no berço, e agora o convite de reflexão é sobre ginásios de atividade ou outros objetos propostos para auxiliar no desenvolvimento do bebê. Aliás, sempre que pensarmos em um "brinquedo", objeto, material, poderíamos nos aproximar com as seguintes perguntas: Quem se movimenta, é o bebê ou o objeto? A atividade é da criança ou do objeto? A criança protagoniza a ação ou a reação? A REFLEXÃO NÃO DEVE SER FEITA A PARTIR DO CERTO E ERRADO, a intenção é principalmente questionar e desconstruir falsas necessidades de uma sociedade barulhenta e consumista. Temos a tendencia a colocar bebês, crianças e adolescentes como objeto passivo e o objeto como protagonista da ação. Muitos desses objetos que "auxiliam no desenvolvimento", intereferem em um processo que é, na verdade, totalmente natural. Muitas vezes vêm com um excesso de barulho, luzes, estímulos. A escuta e a atividade, que em um sujeito ativo seria de dentro pra fora, se torna reativa, de fora pra dentro, e o sujeito, passivo/reativo. Quanto menos fizer o brinquedo, mais fará a criança, maior conexão com ela e com tudo à sua volta. #movimentolivre #livrebrincar #pikler #menosémais

Algumas vezes me perguntam sobre "atividades" para fazer com as crianças para ter tempo para fazer nossas tarefas cotidianas de cuidado da casa. A gente faz sim, muitas "atividades" com a nossa filha. São convites, as vezes silenciosos, que acontecem pela simples imitação, para participar nas nossas tarefas da nossa vida cotidiana, de cuidados com a casa, com nós mesmos e de criação de bem estar. Para os mais novos, observar como os adultos a sua volta atuam e ter liberdade para imitá-los é algo muito valioso para seu desenvolvimento. No cuidado do lar, da nutrição e de si, são exemplos extremamente necessários. E para uma criança, essas “atividades” são prazeirosas e divertidas! A imitação e a repetição formam uma grande escola para a criança. Sejamos adultos dignos de ser imitados em cada pequeno gesto. Então apenas vivam a vida juntos. Nosso ritmo cotidiano, além dos momentos de cuidados, também inclui muito tempo ao ar livre, momentos de contração ouvindo histórias ou "lendo" livros (só de imagens por enquanto), e de livre brincar e movimento autônomo. REFORÇANDO QUE É UM CONVITE E NÃO UMA OBRIGAÇÃO. Para crianças pequenas, a obrigação de fazer simplesmente porque é capaz se torna uma imposição desagradável e contraproducente. Se ela preferir estar no mesmo ambiente, mas no livre brincar, apoie também esta iniciativa. #pedagogiadocotidiano #simplesassim #desenvolvimentoinfantil

É uma apresentação gradual, até que a criança se familiariza com o copo e aprende como coordenar mãos-olhos-boca para beber e voltar a colocar o copo na mesa. Aqui, utilizamos o copo de vidro desde a alimentação complementar, com 5 meses e meio. Os porquês dessa escolha você encontra em outro post no feed. O caminho: Em um primeiro momento: seguramos a parte de baixo do copo, deixando espaço para que o bebê possa colocar as mãos em volta do copo e agarrar quando se sentir preparado. Conquistou essa etapa? Deixamos que o bebe experimente agarrar e segurar o copo sozinho, com nossa mão bem próxima da base do copo. Já dominou isso? Deixamos que a criança pegue o copo da mesa, segure, beba e deixamos nossa mão próxima, fazendo de "mesa" para o bebê apoiar o copo quando terminar. Por ultimo, acompanhamos a criança enquanto ela faz todo o movimento sozinha: pega o copo da mesa, leva à boca com as duas mãos, bebe, volta a colocar o copo na mesa. Mais tarde (aproximadamente um ano) será algo que ela adora fazer sozinho! Pega o copo e beba sem ajuda. A evolução natural dessa conquista será usar a jarra para servir água para si e talvez para quem mais estiver na mesa. Acompanhado pelo olhar de quem confia, deixar fazer e tentar, com a serenidade e consciência de que vai derramar um pouco (ou muita) agua mais de uma vez. Nada que não sirva de oportunidade para outro gesto (secar junto, observar como se recolhe o copo quebrado, ...) O limite que estabelecemos é simplesmente: 'não estamos brincando com o copo (ou jarra) agora, precisamos dele se você estiver com sede'." Algumas dicas: -Use um copo proporcional ao tamanho da criança (os de shot ou dose para adultos costumam funcionar bem). -Procure copos como os do vídeo, com a parte da "boca do copo" mais ampla e a base mais estreita. Assim sua mão consegue segurar por baixo enquanto o bebê agarra em cima. -Coloque apenas uma pequena quantidade de água no copo. -Quando derramar, pegue um pano e enxugue, como modelo. Ofereça um paninho para seu filho/a experimentar. Importante: estabeleça a regra (para você e para o bebê) de só beber agua sentado.

Você ficou com vontade de mostrar como um potinho encaixa no outro? Como fazer uma torre virando os potinhos ao contrário? De mostrar que dá para fazer outros barulhos com os potinhos, conchas e bolinhas de barro? Eu segurei uma mão na outra pra não falar: Então, pega esse e encaixa aqui... Cada dia eu pratico mais e mais: observar O QUE ela experimenta, COMO experimenta e confio nos processos de investigação e descoberta dela. Como profissional eu sempre soube da importância da manipulação prática e da repetição no aprendizado dos bebês. Eu era bem consciente e capaz de atuar com coerência com essa ideia. Como mãe, o impulso de interferir aparece toda hora! Mas aqui, paro, observo e vejo que ela não só está descobrindo e aprendendo sobre tamanhos, encaixes, sons, ela esta: - atendendo e fortalecendo sua curiosidade. - desenvolvendo sua persistência. - ganhando confiança nas suas próprias habilidades (ao invés de "o que a mamãe diz deve ser mais legal") No vídeo, tradução livre da frase: "Be careful with what you teach. It might interfere with what they are learning." Magda Gerber #magdagerber #simplesassim #menosémais #observatoriodainfancia #educarnacuriosidade #livrebrincar #magdagerberquotes

As vezes gritamos a palavra CUIDADO quase que de forma instintiva. É algo que eu ainda trabalho BASTANTE por aqui para não exagerar no uso. (Não estou dizendo para banirmos a palavra cuidado do dicionário, simplesmente reduzir seu uso). E por que não usar tanto a palavra CUIDADO? Porque dizer “Tenha cuidado!” não é específico o suficiente. Nossas crianças muitas vezes nem têm clareza sobre com o que devem ser cuidadosas. É muito abstrato para uma criança que ainda pensa de forma muito concreta, palpável e física. Elas simplesmente entram em um estado de alerta (principalmente pelo nosso tom de voz) que pode inclusive desconecta-las da percepção do próprio corpo, olhar para o adulto, e aí sim, escorregar, cair, machucar. As crianças precisam desenvolver consciência de risco e se envolver em comportamentos seguros, e muitas vezes, nossas expressões as ensinam a ter medo de brincar de certas coisas ou de se envolver em atividades cotidianas. Ao longo do tempo, isso pode criar resistência a tentar coisas novas ou a uma falta de autoconfiança. Pesquisas emergentes* sugerem que impor muitas restrições às brincadeiras de risco das crianças ao ar livre prejudica seu desenvolvimento. As tendências geracionais indicam que a diminuição do envolvimento das crianças em brincadeiras ao ar livre é influenciada por preocupações dos pais e da sociedade. Se estamos constantemente intervindo, somos nós que corremos o risco. Condicionarmos nossas crianças a confiar sempre em fontes externas para alertá-los do perigo, e diminuir a confiança em suas próprias habilidades e instintos para enfrentar pequenos desafios. Roubamos a oportunidade dos nossos filhos e filhas de calcular e gerenciar os próprios riscos - uma habilidade crítica para a vida. O aumento das oportunidades para a natureza e brincadeiras com pequenos riscos melhora a autoconfiança, a autorregulação e a criatividade e, na verdade, reduz o risco de lesões. SEMPRE VALE LEMBRAR AQUI QUE ME REFIRO A RISCOS CONTORNÁVEIS. PARA PERIGOS EMINENTES, ESTÁ CLARO QUE É RESPONSABILIDADE DO ADULTO INTERVIR. * estudas em ‘Risky Play and Children’s Safety: Balancing Priorities for Optimal Child Development’, M. Brussoni

Quantas vezes você ouviu quando criança: "pare de chorar" e "não foi nada"? Pode não parecer algo impactante, mas observa mais de perto… Você verá que essas são formas de desconectar a criança, que está aprendendo a lidar com o que acontece diretamente com ela, das suas percepções e dos seus sentimentos. Fica cada vez mais difícil para ela nomear ou expressar o que sente. Nunca nos ocorreria olhar para um adulto que cai na rua e dizer: “Levanta, já passou. Nem doeu, não foi nada”. Acontece que o desconforto da criança gera desconforto na gente. Sem querer, conduzimos a criança pra direção oposta a qual queremos (que seria enfrentar e superar uma dor, frustração, desafio, desconforto ou situação difícil. A tal da resiliência...). Como mudar isso? A resposta é simples: acolhimento. Uma simples troca de frases, dá uma nova perspectiva a um acontecimento. Diga coisas como: - "Você caiu." (validando o que ocorreu "eu sei, eu vi" ) - "Onde doí?" (pedindo pra criança conectar com o corpo e localizar a dor) - "Eu estou aqui com você." (afirmando que está ali para o que ela precisar) São três possíveis frases em que você: valida o que aconteceu e o sentimento da criança, ajuda ela a dar nome e endereço para essa dor, e por fim, assegura e reforça que ela não está sozinha. Ela precisa se sentir (e ser) ouvida e acolhida. Sempre é tempo de mudar. Um passo de cada vez.

É começar a pensar no quarto do bebê e a imagem que normalmente vem na cabeça é de um berço com um móbile de bichinho em cima. Não é? Além de ser uma "decoração", muita gente defende o uso de móbiles no berço para estimular a criança. Tem os que são simples e minimalistas, outros que cantam, dançam, rodopiam e emitem luzes. Vou compartilhar por que a gente resolveu não usar mobiles por aqui, e porque eu recomendo refletir a respeito antes de comprar/colocar: Um bebê que recém chega ao mundo já é estimulado por tudo o que é novo ao seu redor. Novas nuances de luz, tudo que existe no próprio quarto e que forma uma paisagem estática, todo movimento que pode existir de pessoas à sua volta. E ele vai descobrindo de forma gradual e assimilando estes estímulos. Um móbile, pendurado em cima da sua cabeça, possivelmente será uma estimulação cambiante e constante da qual ela não consegue desviar. São figuras normalmente coloridas e brilhantes que giram, sobem, descem, a partir do movimento do vento (ou a partir do movimento eletrônico, no caso dos que funcionam a pilha) e, desde o ponto de vista da criança, a visão das figuras muda continuamente. O bebê fica super estimulado e ao mesmo tempo a atividade que consegue realizar para interagir com esse objeto é bem pouca e pobre. Ele nunca conseguirá alcançar o mobile com suas mãos, não pode manipular, cheirar, chupar, morder. Seu movimento independe do movimento da criança, ela não vivencia os efeitos das suas ações sobre este objeto e, portanto, não vive nenhuma experiência que ajude a assimilar este móbile no seu repertório. Normalmente, a criança vai se mover de forma rápida e excitada e, como pais, podemos pensar "Olha só, ela gosta!", mas dificilmente vemos essa mesma movimentação quando ela brinca ou se interessa por um brinquedo novo ou por algo no ambiente. Neste caso, seu corpo manifesta uma agitação que o bebê não conduz a uma ação concreta (agarrar, chacoalhar, morder, por exemplo), nem consegue desviar do estímulo (principalmente nos primeiros meses, quando ainda não controla o pescoço e os movimentos da cabeça). Você já tinha pensado nisso? Faz sentido para você?

Vamos pensar isso no mundo dos adultos: Seu parceiro/parceira diz: "Eu entendo que você está frustrada/o, mas eu não queria te irritar..." Alguém no teu trabalho diz: "Sua apresentação foi impressionante, mas... tem algumas coisas que eu quero que você faça diferente na próxima..." Pronto. Não importa o que vem depois. A palavra “MAS” parece negar a primeira parte do que a pessoa está dizendo. Enfatiza a crítica e parece diminuir o elogio ou o que veio antes dela. É como se o MAS diminuísse, colocasse uma hierarquia, dispensa a primeira parte da frase e coloca toda a atenção na segunda parte. O que você sente quando escuta frases assim? E SE....: Em vez de: "Sua apresentação foi impressionante, mas tem algumas coisas que eu quero que você faça diferente na próxima..." fosse: "Sua apresentação foi impressionante. Tem algumas coisas que eu quero que você faça diferente na próxima vez." Em vez de: “"Eu entendo que você está frustrada, mas eu não queria te irritar..." fosse: “Eu posso ver que você está frustrada/o, e eu não queria te irritar.” Usar a palavra “e” (ou nada) permite que ambas as declarações sejam verdadeiras. Qual diferença vc escuta? Experimente por aí e me conta aqui. #vinculoseguro #simplesassim #observatoriodainfancia

COMO ACOMPANHAR O BRINCAR DA CRIANÇA? O melhor é não interferir e eu vou te contar porquê. Nos primeiros meses de vida, em alguns momentos, é SUPER importante usar as palavras para que a criança saiba que você está presente e com atenção/ interesse no que ela está fazendo. Isso serve para que ela se familiarize com as palavras, entenda como usamos nosso tom de voz, cadência etc. Só que isso não deve nos levar a outro extremo. Como adultos, temos a tendência de interferir o TEMPO TODO no brincar da criança, queremos muito demonstrar a "melhor maneira" de fazer determinada brincadeira, e acabamos, quase sem querer, interferindo no SEU projeto de ação ou na forma que ela está usando sua imaginação. E isso acontece mesmo com a tua boa intenção. Sim, trabalhar isso é um desafio. Para mim também é. Embora muita gente já saiba que as crianças são competentes para controlar suas próprias brincadeiras, não é nada incomum ver adultos interrompendo o brincar da criança, para ela "brincar melhor" ou para sentir que "está participando" como adulto. E o que se consegue muitas vezes é tirar o foco da criança no que ela realmente estava interessada e passar o protagonismo para as ideias do adulto! Como a gente espera que nossas filhas/os, ao chegar na escola lá na frente, sejam capazes de sentar em uma cadeira e se concentrar em uma tarefa, se não lhes dermos a oportunidade de praticar? Eles aprendem a ter foco se concentrando no seu brincar pra depois fazer isso no ambiente acadêmico. Fica uma grande dica, anota aí: PARE DE FALAR. Não pergunte o que eles estão fazendo. Não interrompa. Não dê ideias de como a brincadeira "vai ficar mais legal". Deixa a criança se concentrar e focar de forma verdadeira e estar inteiramente presente no que ela está descobrindo. A próxima vez que seu filho/a estiver envolvido e concentrado em algo (como neste caso, em que a Mar brinca com a caixa)… …✨SIMPLESMENTE OBSERVE✨!!! #livrebrincar #primeirainfancia #parentalidadeconsciente #pikler #observatoriodainfancia #menosémais

Respire beeem fundo e lembre-se disso da próxima vez que achar que tua criança pequena está te manipulando, provocando, irritando ou querendo gerar qualquer resposta em você. Ela está simplesmente comunicando algo com a maturidade e recursos que têm neste momento. Chorou, falou com voz mole, gritou, esperneou? Não é para “te provocar”. Não é pessoal. É difícil, eu sei. Principalmente quando estamos cansados, com privação de sono e com outros temas do dia a dia na nossa cabeça. Mas lembre-se disso. Não é sobre você. Elas ainda estão se desenvolvendo e dependem da tua maturidade e de um vínculo seguro para fazer isso de forma saudável. Haja trabalho interno, eu sei. Me conta aqui (ou em DM) quais momentos são os mais desafiadores para você e sinta-se acompanhado/a nessa jornada.

Passo 0: Existe um passo 0. Familiarize-se muito com seus gatilhos para que você possa iniciar o passo 1. Muitas vezes gritamos, envergonhamos e batemos como reação. Pausar nos dá tempo para transformar nossa reação automática em uma resposta ponderada. Passo 2: A respiração é uma prática, então pratique-a. Entra pelo nariz, sai pela boca. Passo 3: Os mantras podem ser muito úteis. “Esta criança não está me provocando, ela esta lidando com algo desafiador ou tendo dificuldades” é um dos meus favoritos pessoais. “Perfeito não existe, o objetivo é melhorar um pouco a cada dia” é outro favorito. Há um número ilimitado de mantras. Encontre um que funcione para você. Passo 4: A reação exagerada pode nos distrair do aprendizado. Nosso julgamento desencadeia defensivas. As pessoas têm dificuldade em aprender quando estão na defensiva. Passo 5: Quando algo se rompe, é uma oportunidade de ensinar como pode ser consertado. Seja um brinquedo, uma mesa ou um relacionamento. O calor do momento em que as emoções estão em alta não é o melhor momento para focar na reparação. O adulto e a criança precisam ser regulados o suficiente para que ocorra uma lição significativa de reparação. Às vezes, isso pode levar mais tempo do que a gente gostaria. Nosso tempo é melhor gasto quando podemos esperar um momento mais adequado para reparar. Lembre-se, suas reações estão sendo desencadeadas pelo seu corpo, então será preciso prática para transformar suas reações em respostas. Perfeito não existe. Em vez de tentar ser um perfeccionista, seja um melhorista. O objetivo não é ser perfeito todos os dias, o objetivo é melhorar um pouco a cada dia. Eu espero que isso ajude! Achei que o post feito pelo @mrchazz com o vídeo do @theyeetbaby ficou tão claro e elucidativo que resolvi traduzir o texto original por aqui. #pacienciacomascrianças #naogritecomseufilho #parentalidadepositiva #educaçãoemocional #autorregulcaoemocional #criarconsciente

Um bebê conquista a verticalidade e começa a dar seus primeiros passos. Quando uma criança cai, a gente precisa SIM se fazer presente, que ela saiba e sinta que você está disponível, mas isso não quer dizer não respeitar um momento mínimo de espera. Principalmente quando a criança esta aprendendo a caminhar, pequenas quedas são previstas. Correr e interferir na resolução de qualquer pequena queda, transmite a mensagem de que cair não está bem, de que não faz parte do processo. Transmite insegurança. Quando esperamos um segundo e não os assustamos com nossa própria reação, vemos eles se recuperarem e se conectarem com o próprio movimento sem nossa atuação direta. Neste processo, eles entendem que cair e levantar faz parte da vida, é parte da busca pela maestria do movimento e naturalmente leva à resiliência. Como você vive pequenas quedas? AQUI NÃO ME REFIRO AOS PERIGOS OU FERIMENTOS GRAVES, OK? CLARO QUE, NESTES CASOS, ATUAMOS E RESPONDEMOS DE FORMA IMEDIATA. Learning to fall, getting up again, and moving on is the best preparation for life. ~ Magda Gerber #movimentonatural #piklerapproach #aprendendoalevantar #aprendendoalidar #cairelevantar #pikler #infanciarespeitada #pedagogiapikler

Vale em qualquer idioma, e em qualquer formato: escrito, falado, pintado, cantado, dançado… Violência não educa e não é uma opção. Acompanhar o desenvolvimento de outro/outros seres humanos tão de perto pode ser realmente desafiador. E nós somos SIM capazes de romper padrões herdados, adotar novas atitudes, desenvolver novas habilidades, posturas internas e encontrar ferramentas e suporte externo para melhorar continuamente. Erramos, nos acolhemos, remendamos da forma possível, optamos por fazer diferente. Fazer outras escolhas a qualquer momento é um privilégio e uma responsabilidade. Se você precisar de ajuda para encontrar outras maneiras de acompanhar seus filhos/filhas, vou continuar compartilhando possibilidades por aqui. Caso você sinta necessidade, procure ajuda profissional. Vídeo original: @celebrikid

Por que usar copo de vidro? E se a criança deixa cair e quebra? O que se ganha com isso? Eu sei que usar vidro desde bebê em vez de plástico ou silicone é um aspecto que gera estranheza, muitas pessoas acham perigoso. Eu entendo esses medos. Se não faz sentido para você, não use. Aqui optamos pelo copo de vidro desde o primeiro gole de água (nessa foto, com 5 meses e meio). Te conto alguns dos motivos. Ao usar um copo de vidro: - a criança consegue VER O CONTEÚDO do copo e COORDENAR A INCLINAÇÃO do copo para beber. - aos poucos, ela identifica e aprende a LIDAR COM ITENS COTIDIANOS FRÁGEIS com muito mais cuidado e concentração que com outros materiais. O adulto não precisa "corrigir", "punir" ou "ensinar". - ela começa a INTEGRAR A IDEIA DE 'IRREVERSIBILIDADE' (o vaso cai, quebra e não volta a ser como antes, a água derrama e limpamos, mas não volta ao copo). Ela aprende que, embora precisemos limpar os cacos de vidro por segurança, não é o fim do mundo (e com vidro temperado, os cacos grandes diminuem riscos). - ao usar o vidro, O VOTO DE CONFIANÇA em suas habilidades desenvolve seu próprio senso de CONFIANÇA EM SI MESMO. - já bebeu a mesma bebida em um recipiente de vidro e em um plástico? Metal, silicone? MATERIAIS REAIS geram outra experiência, o sabor, o tato, a força para levantar, tudo muda. - Você se surpreenderia ao ver que, ao lidar com objetos de vidro ou cerâmica (potinhos ou pratos "de verdade"), a criança fica muito menos propensa a jogá-los. Aqui, em 13 meses de uso, 2 copos de vidro foram quebrados (um deles por mim). Existe sim um longo caminho a percorrer até a criança usá-lo de forma totalmente independente: No começo, ajudamos segurando a base do copo ao beber (por isso é importante escolher um copo com o tamanho e formato adequado). Deixamos a parte de cima livre, para que a criança possa, aos poucos, aprender a segurar com as duas mãos. Aos poucos, a criança refina sua coordenação olho/mão/boca, ganha destreza, confiança, autonomia. E por aí? Quando você introduziu objetos que podem quebrar? #pedagogiapikleriana #montessori #criancapequena #desenvolvimentoinfantil #pedagogiadocotidiano #paramaes #maternidade

Por quanto tempo a gente consegue observar em silêncio sem interferir? Deu vontade de colocar todas as cascas juntinhas em um potinho? Deu. Dá vontade de querer controlar, dizer exatamente como deve ser feito? Opa! Tirar toda a casca de uma vez pra ela comer a fruta “logo” e a gente “ir fazer alguma coisa”? Sim. Mas quando a gente pausa um momento e lembra tudo o que ela está aprendendo nestes pequenos grandes momentos, fica mais fácil conter nossos impulsos. O que você pensou enquanto assistia este vídeo? Quais incômodos você sentiu? Você tem vontade de criar mais momentos assim no ritmo diário de vocês? O que você acha que dá para ajustar no dia a dia para propiciar essas experiências? #primeirainfancia #educarnodeslumbramento #maternidadeconsciente

Não bata. Aprenda a se auto regular e desenvolva outras ferramentas internas e estratégias externas. Simples assim.

Redirecionar não quer dizer distrair, tentar entreter ou "fazer gracinha" em plena crise de frustração, irritação ou choro. Redirecionar é o que fazemos depois de escutar o que a criança está querendo te dizer, validar os sentimentos, acolher a criança e, com calma, oferecer alternativas. Pode ser que nós mesmos ainda estejamos aprendendo como lidar com essas situações. Seja gentil com você mesmo. Pratique. A gente tem que surfar nossas próprias ondas de emoções antes de abrir espaço para diálogo. Não tenha pressa pra superar uma situação em que a criança está manifestando algo desagradável. Respire fundo, tente manter a serenidade e lembrar de algumas destas dicas. ;)

QUANDO COMEÇAR A COLOCAR SAPATO? Vamos lembrar para que serve o sapato…. PARA PROTEGER o pé do frio e de algo que possa machucar QUANDO CAMINHAMOS. Então voltamos à pergunta: Quais os melhores sapatos para explorar o mundo? OS QUE PERMITEM A SENSAÇÃO MAIS PRÓXIMA A ESTAR DESCALÇOS. Que seja CONFORTÁVEL, espaçoso, leve, com a sola plana e fina, e muito flexível, que permita todos os movimentos que os dedos e que esse pezinho faria naturalmente descalço. É com os pés descalços (ou o mais próximo disso) que fortalecemos tendões, ossos, músculos, que fortalecemos a base que sustenta todo nosso corpo e movimento. Como foi a escolha de sapatos por aí? **Hashtags**: ### #Barefootshoes #pesdescalços #movimentolivre #simplesassim #observatoriodainfancia #primeirospassos

Você sabe qual foi o seu primeiro brinquedo? É fácil pensar em algum objeto ou material que tenham colocado em nossas mãos ou à nossa frente. Mas, na verdade, nossas primeiras explorações são com nosso próprio corpo. À primeira vista, pode parecer que uma criança não está fazendo "nada" enquanto está acordada durante os primeiros meses de sua vida. Nada mais distante da realidade. Ela está ativamente explorando, recebendo incontáveis informações e experiências sobre este mundo em que acaba de chegar, através do seu corpo. Cada forma, contraste, som, até mesmo o menor movimento é estimulante! Primeiro através do seu olhar, dos sons que escuta, dos cheiros que sente pela primeira vez, do que ela percebe pela sua pele, por todas as sensações que preenchem seus sentidos. Desfruta da voz do adulto e começa a experimentar sua própria voz. Seus braços e pernas se movem de forma mais harmônica. E qual o primeiro brinquedo que ela encontra? Suas próprias mãos! Primeiro as vê passar diante de seus olhos quase que por casualidade. Logo consegue fazê-las aparecer de forma intencional até que, em determinado momento, consegue levá-las à boca ou pegar uma com a outra! E aquilo lááá longe? Também consegue agarrar seus pés! Como adultos, é fácil esquecer que cada detalhe mundano é totalmente novo e fascinante para o bebê. A vida é um parquinho de diversões. Assim, os bebês estão “brincando” quando olham ao redor, ouvem, sentem e cheiram o ar, quando têm a liberdade de esbarrar, tocar, para depois alcançar, agarrar, movimentar seus corpos... Então, de 0 a 3 meses, o que devo oferecer para o bebê brincar? NADA! Se oferecemos objetos, interferimos nesse processo tão natural e tão belo de ser observado. PERMITA que a criança explore as partes visíveis do próprio corpo, isso será a base de toda manipulação de objetos e raiz do seu brincar futuro. Dê um passo atrás no caminho da intervenção desnecessária e simplesmente acompanhe e contemple. Você já observou seu bebê descobrindo seu primeiro brinquedo? Vídeo de Max Vakhtbovych no Pexels #primeirainfância#primeirobrinquedodobebê #maternidade #maedeprimeiraviagem #observatoriadainfancia #piklerapproack #menosémais

E se a gente fizer menos do que não importa e mais do que é realmente importante? Na educação, coisas que antes tinham sentido, hoje já não servem mais. Por outro lado, nos desconectamos de um fazer simples que de forma intuitiva muitas avós carregavam consigo. Criamos soluções, aparatos e apetrechos rocambolescos desnecessários, métodos, modas e fórmulas milagrosas vendidos como essenciais para o desenvolvimento das crianças. A velocidade vertiginosa e exponencial com que o mundo se transforma se traduz em um momento de intensa busca no campo educacional. Como escolas, como professores, como educadores, como pais. Como potencializar a descoberta da vida e do mundo a partir da experiência de si mesmo e das interações com seu entorno? E como a gente acompanha, apesar de todos os desafios e momentos de “guenta coração!!!”, com confiança e leveza? Fazendo menos do que não importa e voltando ao olhar essencial sobre o que é acompanhar um outro ser em plena formação. Separando “o joio do trigo”, com discernimento para encontrar o que tem sentido a cada etapa, para cada criança, dentro dos nossos valores e cultura familiar. O que isso traz a você? #simplicidade #oqueeimportante #criação #desenvolvimentoinfantil #simplesassim #observatoriodainfancia

Vale voltar a reforçar, já que no vídeo fica bem claro: QUANTO MAIS FAZ O BRINQUEDO, MENOS FAZ O BEBÊ/CRIANÇA. QUANTO MENOS MENOS FIZER O BRINQUEDO, MAIS A MENTE E TODO O SER DA CRIANÇA FARÁ. Observe esse vídeo e descreva. Tem uma criança na posição sentada, apoiada pelas mãos de um adulto e um brinquedo de patinhos dando voltas. Ela vê e tenta seguir com o olhar coisas que se movem, luzes que piscam. Provavelmente escuta sons agudos que o brinquedo emite. Quem é ativo nesse brincar? O que a criança realmente está fazendo? Assista outra vez. Ela claramente não senta sozinha, por si mesma (que é diferente de “aguentar sentada”) e é o adulto quem a sustenta e quem provavelmente decidiu que essa seria a “atividade” que ela deveria fazer. Ela recebe uma série de estímulos sem ter sido parte da decisão (do tipo: “vou ali investigar isso que me interessa”). Não vemos nenhuma ação da criança que interfira ou modifique o que acontece com o brinquedo, ela não pode relacionar seu fazer com o que acontece ali. Ela assiste de forma passiva ao brinquedo que brinca sozinho e que foi escolhido pelo adulto. O corpo está inerte, os sentidos ficam embotados, perdem seu vigor. Com certeza o oposto da intenção do adulto, que bem provavelmente queria justamente o contrário: “estimular”. Será que é tarefa do adulto “estimular” a criança a brincar? Como? Escolher como brinca e com o quê? Qual tua opinião a respeito? Leio teus comentários.

Acompanhar nossos filhos e filhas em cuidados necessários mas desagradáveis (vacinas, exames invasivos ou cuidados menores que simplesmente geram algum desconforto) é um enorme desafio. Por “sofrer junto”, o adulto tenta a todo custo distrair, enganar ou evitar que a criança se conecte com o que está acontecendo. Como fazer diferente? Além dos passos mencionados no video, a gente deve sustentar a situação com presença, manter contato visual sempre que possível, manter contato físico, e validar seus medos e queixas. O que será que muda? Leio teus comentários.👇🏽 Nem sempre poderemos evitar o mal estar ou eliminar a dor, mas podemos ajudá-los a criar ferramentas para enfrentar estas e outras situações da vida.

…E estas são só algumas das razões pelas quais vale encontrar e implementar o teu ritmo familiar (sem perder a flexibilidade, claro). Como flui essa dança aí na tua casa? ES: …Y estas son solo algunas de las razones por las que merece la pena encontrar vuestro ritmo familiar e implementarlo (sin perder la flexibilidad, por supuesto). ¿Cómo fluye este baile en vuestra casa?

Por que ritmo e não rotina? Normalmente, quando falamos em rotina pensamos em horários, em fazer sempre igual, às vezes de forma mecânica ou pouco consciente. Algo a ser seguido que resista a qualquer mudança. O ritmo é algo vivo, uma pulsação, uma cadência de acontecimentos que flui em intervalos de tempo. Assim como na natureza, o ritmo mostra a distribuição de movimentos de forma periódica e cíclica. No lugar de uma métrica rígida, existe um equilíbrio de momentos de contração e de expansão. O ritmo não é imutável e, principalmente no caso de crianças, você precisará mudá-lo e adaptá-lo várias vezes à medida que seus filhos (ou alunos) crescem. Na pedagogia Waldorf, estabelecemos ritmos diários, semanais, e de acordo com a estação em que vivemos (e as celebrações que acontecem a cada estação). O ritmo traz previsibilidade e ajuda a restaurar a vitalidade das crianças (e a nossa!). Para a família, estabelecer um ritmo diário em casa facilita a vida: traz segurança, auxilia na nossa organização, convivência, traz bem-estar. Como você estrutura seus ritmos? ES¿Por qué ritmo y no rutina? Cuando hablamos de rutina, pensamos en horarios, en hacer siempre de la misma manera, a veces de forma mecánica o menos consciente. Algo a seguir que resista a cualquier cambio. El ritmo es algo vivo, una pulsación, una secuencia de eventos que fluyen en intervalos de tiempo. Así como en la naturaleza, el ritmo enseña la distribución de los movimientos de forma periódica y cíclica. En lugar de una métrica rígida, existe un equilibrio entre los momentos de contracción y de expansión. El ritmo no es inmutable y, sobre todo en el caso de los niños, tendrás que cambiarlo y adaptarlo varias veces a medida que tus hijos (o alumnos) crezcan. En la pedagogía Waldorf, se establecen ritmos diarios, semanales y de acuerdo con la estación (y las celebraciones de cada una de ellas). El ritmo trae previsibilidad y ayuda a recuperar la vitalidad de los niños (¡y la nuestra!). Para la familia, establecer un ritmo diario en el hogar hace la vida más fácil: trae seguridad, ayuda a nuestra organización, convivencia, trae bienestar. ¿Cómo estructuras vuestros ritmos?

PORT: Já falei sobre ritmo antes aqui, é um dos temas que mais intriga e guia durante o primeiro setênio. Qual é o seu ritmo? Como você estabelece um ritmo adequado com bebês? Com crianças mais velhas? Com mais de um filho? Por que ritmo e não rotina? Encontrar um bom fluir para cada etapa muda tudo. Por aqui, voltamos de uma longa pausa (brinde ao caos e ao improviso) e estamos construindo o ritmo dessa nova temporada, vamos compartilhar algumas idéias por aqui nas próximas semanas. Sair do ritmo é completamente natural. Às vezes a gente muda de vida, surgem outros movimentos, demandas e, de repente, tudo pede flexibilidade. Para depois voltar a um compasso. A pausa faz parte do ritmo. Vamos voltar pro básico: o que ritmo significa pra você? ES: Ya he hablado sobre el ritmo antes aquí, es uno de los temas más intrigantes y que guía los primeros siete años del infante. ¿Cuál es tu ritmo? ¿Cómo se establece un ritmo adecuado con los bebés? ¿Y con niños mayores o con más de un hijo? ¿Por qué ritmo y no rutina? Encontrar una buena dinámica para cada momento lo cambia todo. Por aquí, volvemos de un largo descanso (brindis al caos y a la improvisación) y estamos construyendo el ritmo de esta nueva temporada. Compartiremos algunas ideas aquí en las próximas semanas. Salirse del ritmo es completamente natural. A veces cambiamos de vida, surgen otros movimientos o nuevas demandas y, de repente, todo pide flexibilidad para volver a un nuevo compás. La pausa es parte del ritmo. Volvamos a lo básico: ¿qué significa ritmo para ti?

A busca pela verticalização é algo natural no desenvolvimento, dentro de um entorno humano. Depois de se movimentar pelo espaço engatinhando, o bebê encontra a posição de joelhos e, a partir dela, se apoia nos móveis e estruturas que estiverem a seu alcance. Com as mãos, e com a força que brota de dentro para fora, impulsiona seu corpo para cima, criando um diálogo com a gravidade. Sem a mão do adulto que interfere. O “colocar-se em pé” é gradual, no tempo exato que o bebê precisa para acomodar todas as mudanças internas dessa nova conquista. A conquista do ANDAR propriamente dito, pode acontecer semanas ou meses depois. Antes, a criança explora a capacidade de se erguer a partir da sua coordenação e desejo. Primeiro com apoio em outras estruturas, para logo fazer por conta própria. Descobre o espaço físico em todas as direções à sua volta. Aos poucos, domina o espaço na sua frente/atrás/esquerda/direita/acima/abaixo/dentro/fora, e seu corpo nesse espaço. Respeitar esse ritmo pode ser desafiador para o adulto (a vontade de ver a criança em pé e caminhando normalmente é grande), mas traz uma qualidade a essa conquista, a partir do esforço de se erguer, cair e levantar muitas vezes, da repetição, da experimentação. Caminhar implica se colocar antes em equilíbrio diante do mundo espacial. Olhar, mãos, braços, pernas, pés, centro. É uma experiência corporal complexa, com várias etapas e onde todo o organismo se orienta para vencer a gravidade. É parte importante da grande conquista do primeiro ano de vida do ser humano. Faz sentido para você? Comente, pergunte, compartilhe.

Por que a gente acompanha as crianças do jeito que a gente faz? Reproduzimos algumas de nossas práticas com as crianças simplesmente porque foram passadas de geração em geração, outras porque continuam sendo difundidas entre cuidadores e alguns (não todos) pediatras. O que muda com as nossas pequenas decisões no dia a dia com as crianças? O que impacta no desenvolvimento delas? Vamos olhar o que muda a partir do corpo da criança, do seu físico, do seu movimento. Muitas dessas práticas limitam, restringem, impossibilitam. Podemos aprofundar o olhar e pensar o que se imprime no desenvolvimento emocional dessa criança, na sua auto imagem como ser capaz, sua confiança para realizar novas pequenas conquistas, no seu encantamento por aprender o mundo. No feed, você encontrará uma série de reflexões sobre o que muda a partir das decisões que tomamos ao acompanhar as crianças e bebês. Quais outros momentos você gostaria de refletir a respeito?

É bom lembrar periodicamente alguns aspectos óbvios a respeito do acompanhamento das nossas crianças (e da vida).

O que você vê na primeira foto? E na segunda? Como o bebê da primeira foto chegou ali? Sem dúvida com a ajuda de outra pessoa. Uma criança mais velha ou um adulto. Qual parte do seu corpo está realmente ativa? Que domínio ele tem sobre esse balançar? O controle e o protagonismo da brincadeira está na mão de quem balança. A velocidade, a intensidade, o quando parar. E na segunda foto? A criança da segunda foto é mais velha, consegue controlar como, quando e por quanto tempo balançar. É o agente ativo e o protagonista do seu brincar. Vai só até onde quer e até onde seu corpo permitir. “Mas ele/ela gosta! Sorri pra mim!” O riso, nem sempre sai só por alegria. Pode ser por nervosismo, por agitação ou por sobre-excitação. Surpreende que muitos parquinhos públicos disponham somente do primeiro tipo de balanço. Supostamente mais seguro, a criança depende do adulto para subir, para balançar, para descer. São para que os adultos sejam ativos nesse brincar e para que as crianças tenham somente as sensações ou reações a essa atividade do adulto. A criança precisa sim ter experiências de equilíbrio, desequilíbrio, de passar pelo centro e ir para a periferia de frente e de costas. Mas ela precisa ter domínio sobre como vive isso. O sentido do equilíbrio vai amadurecendo gradualmente (o que pode demorar uma grande parte da sua primeira infância). Sem dúvida, quando a criança já é capaz de usar bem as palavras e se expressar de forma clara, pode ser um momento gostoso de interação. Ainda assim, não é mais saudável que a criança seja mestre do seu brincar? O adulto pode estar sempre perto, e encontrar outras formas de acompanhar. Que ela encontre a maneira de subir, balançar (para os mais novos, balançar apoiando a barriga pode ser um começo natural), aumentar ou diminuir a intensidade, rodopiar ou balançar para frente e para trás, descer. Você já tinha parado para pensar nisso?

Há algum tempo vi algo assim no @matrescencia e me pareceu uma boa forma de explicar. Quantas vezes uma criança pequena chora e a gente rapidamente pensa: “Nossa, essa criança está chorando demais. Será que eu tô mimando demais, será que tô dando muito colo? Ihhh,já está me manipulando. O que eu estou fazendo de errado? Vai ser assim pra sempre? Tá ficando uma chorona. Certeza que na casa de fulana isso não acontece. Aqui, qualquer coisinha, abre o berreiro.” Nós podemos sim observar certos comportamentos e sentir a frustração de algo acontecendo fora da nossa expectativa. Isso não quer dizer que devamos espremer cada gotinha dessa frustração em julgamento, rótulos na criança, análise excessiva e autoflagelo. Perceber o comportamento sem julgamento e entender a necessidade que está por trás. Tente praticar esse olhar nesta semana e me conte como foi. (Claro que devemos observar esse comportamento dentro de um contexto e com a paisagem geral do momento que esta criança está. Ficou na dúvida se é algo transitório, fase, ou que precisa ser olhado com mais cuidado? Agende para conversarmos a respeito.)

Para voltar neste post de tempos em tempos e recordar obviedades, com base na observação e ponto comum entre muitos autores, entre eles, Gary Chapman e Ross Campbell.

10 dias fora de casa. E já daria para escrever uns 3 e-books sobre a o desafio de enfrentar a necessidade de previsibilidade das crianças, os tempos de adaptação, expectativa X realidade, rede de apoio e sobre como lidar com os perrengues e imprevistos com o máximo de leveza possível. Uma viagem para qualquer lugar ou qualquer mudança significativa na vida da criança e tudo sai do eixo. Ainda mais se tiver impactos adicionais como jet lag, mudança radical de temperatura (de 7 a 37 graus), cheiros, sons, luz, duração do dia, tudo diferente. Nascida na pandemia, essa bebê conheceu, pela primeira vez aos 9 meses, mais pessoas do que viu em toda sua existência (e bem no momento da ansiedade de separação). Nas noites intermináveis de calor e demanda, penso sobre como é importante o adulto se autorregular a todo instante. Afinal, também sente toda a mudança no seu organismo, somada ao cansaço de atender um bebê ou criança que fica ainda mais demandante nessas ocasiões. Só que o adulto é adulto e já tem ferramentas pra lidar com isso. A criança está em desenvolvimento, seu cérebro e todo seu ser ainda não estão maduros e dependem do adulto para regular seus estados de mal-estar e bem-estar. Quando tudo o que conhece muda de repente, esse adulto é sua única referência conhecida e segura. Então vamos respirar 10 vezes profundamente (lembrar que essa fase passa voando) e desfrutar da sensação de ser o porto mais seguro de alguém. Você já viveu isso? Quais são teus recursos para se autorregular? O vídeo postado por @lavidamadre.es é o retrato perfeito deste momento.

Assim nos explicava Goethe, que qualquer objeto, bem contemplado, abre em nós uma nova capacidade de percepção, de perceber e assimilar o novo e encontrar sua ressonância. Na observação do nosso cotidiano, em cada pequeno detalhe do que nos envolve, podemos encontrar o mais profundo e verdadeiro. Qualquer criança sabe bem disso, desde seu nascimento começa a conhecer a si mesma a partir de conhecer o mundo e reconhece o mundo dentro dela mesmo.

O bebê ou a criança precisa tomar uma vacina? Vai ao médico olhar o ouvido em plena crise de otite? É preciso limpar seu nariz várias vezes ao dia? Quais alternativas temos para acompanhar de forma respeitosa essa criança, que deixa de ser um sujeito passivo nas mãos de adultos e pode, de alguma forma, conhecer e inclusive se envolver no seu próprio cuidado, ainda que não seja a coisa mais agradável do mundo? Que tal a gente oferecer um marco protetor como adultos, de confiança, honestidade e do simples: “eu estou aqui com você”? Que a criança se sinta amparada, que sinta que o adulto assume seu papel como tal e avisa: Vai doer, mas estou aqui com você. Tratando esses momentos com palavras suaves, com delicadeza, com PRESENÇA, podemos: → antecipar verbalmente, avisar se vai doer ou não. → Dizer aonde vai doer e se vai durar muito ou não. → Explicar o por quê precisamos fazer isso (com crianças mais velhas e de forma breve e clara). Isso não significa que a criança não vá reclamar, ou chorar, mas vai ajudá-la a se antecipar, a prever o que vai acontecer e se preparar para esse momento difícil, sabendo que tem um adulto ali do lado, sustentando emocionalmente. Não podemos evitar seu mal-estar, mas podemos sim ajudá-la a se sentir parte do que está acontecendo. Não vamos eliminar o sofrimento ou o medo, mas vamos dar as ferramentas para enfrentá-los. Vamos ajudá-la a enfrentar o desconhecido ou desagradável com capacidade de expressar o que sentem (e que isso se estenda para outras situações na vida). É necessário tirar da nossa comunicação frases como “não foi nada”, “não vai doer/nem tá doendo”, “não chora”, e outros comentários deste tipo. Ficar repetindo “shhhh...não foi nada” como um mantra só fará a criança se sentir pouco compreendida e que aprenda a negar o que está sentindo. Foi algo sim, claro que dói, e nós, como cuidadores (pais, avós, tios, quem for), não podemos evitar as sensações, sentimentos e emoções. Podemos reconhecer e valorizar o que essa criança comunica e acompanhar com o máximo da nossa presença.

Estamos falando daquelas pequenas ações de cuidado que podem provocar reações muito desagradáveis. Tomar um xarope ruim para dor de garganta, uma vacina, limpar o nariz com soro fisiológico em um resfriado. Para algumas crianças, limpar a boca após a refeição ou lavar o cabelo no banho gera desconforto. Como você vive esses momentos com suas filhas/filhos? A tentação de resolver rapidinho sem avisar a criança, de soltar um “não é nada”, ou um “não precisa chorar, tá?”, pode ser bem grande. Quem não se lembra de uma mão de adulto chegando de surpresa e limpando o nariz com um movimento forte, rápido e brusco? Acompanhar o outro em momentos de medo, de dor ou de desconforto é bastante desafiador. Quando será que a gente aprendeu a deixar o sentimento de lado e querer evitar ou parar o choro de qualquer maneira? Talvez porque o desconforto da criança ative algum gatilho nosso. E o que fazemos? Terminamos por mentir ou enganar como uma forma enviesada de carinho para acompanhar alguém que está em uma situação desagradável. Vemos exemplos dessa postura em vários vídeos que circulam nas redes sociais de aplicações de vacina em bebês de uma forma “divertida”, em que o bebê “nem percebe” ou “não sofre”. Será que é assim mesmo? Que mensagem realmente transmitimos? Dizer que não vai doer nada a picada da vacina (ou diretamente não dizer nada), ou dizer que “não é nada”, fingir que é divertido, distrair a criança e tentar fazer “bem rapidinho”, chantagear para a criança tomar o xarope (“se não depois não tem sobremesa”) não só quebra uma conexão de confiança, como também não é sustentável por muito tempo (quando por exemplo a criança vai precisar tomar o xarope 3 vezes ao dia por uma semana). Ludibriar a criança pode parecer o caminho mais fácil, mas o grande risco aqui é alimentar a angústia da criança que não sabe o que vai acontecer nem quando. No próximo post, vamos abordar sobre como podemos acompanhar esses momentos de forma mais respeitosa. Por enquanto, me conta como você se relaciona com essas situações aqui embaixo.

Aposto um dinheirinho que você também tem a imagem de um bebê começando a caminhar segurando o dedo ou a mão de um adulto. Muitos de nós crescemos assim. Inclusive nos enche de ternura, ver uma mãe ou um avô segurando as duas mãozinhas do bebê. Maasss, pasmem … Nenhuma criança com desenvolvimento saudável precisa da mão para caminhar. Pode ser que estenda a mão para o adulto, como forma de comunicação mesmo. A gente pode chegar bem pertinho, conversar, entender qual a necessidade (se for preciso, daremos colo), mas por que dar a mão e fazer essa criança caminhar? Essa necessidade vem da nossa cabeça de adulto, não do movimento da criança. “Ah! Mas ela gosta!” Talvez ela goste de compartilhar um bom momento com esse adulto, goste da troca de olhares, de ver essa alegria que nos dá vê-la em movimento. Será que não temos outras formas e oportunidades de compartilhar isso? A criança que não caminha por si só, mas que é “caminhada”, sente seu desequilíbrio, seu descontrole, a falta de domínio desse corpo “que está passeando”. A criança que dá seus primeiros passos sozinha (que costuma ser um deslocamento lateral, apoiado em móveis, antes de ser para frente e sem as mãos) vai no seu ritmo, no seu próprio passo (nunca tão óbvio). Desde sua vontade e seu querer, ela realiza essa ação. Poderá sentir como todo seu corpo se move, a partir da sua vontade, encontra sua agilidade, seu equilíbrio próprio. Não se caminha de fora pra dentro, pendurado por suas mãozinhas e arrastando as pontinhas dos pés. “Ensinar” a andar coloca esse corpo em tensão, se perde a firmeza dos pés para experimentar o equilíbrio, a decisão de para qual lado ir, a agilidade para amparar quedas. Que experiência fica gravada nesse corpo? Esforço, tensão, dependência. Limita as possibilidades dos primeiros passos. Passos que começam a transitar o espaço de forma diferente, já com uma separação significativa do adulto. No olhar do adulto, a criança deve sentir segurança e confiança em suas capacidades, em sua vontade e no seu tempo. E tem muita presença nesta atitude discreta. Caminhar é uma conquista e vai muito além do desenvolvimento motor ou o “ir daqui até ali”. Faz sentido pra você?

Lendo o texto da @leticiagicovate na @revistatpm pensei em muitos dos textos que li nos últimos dois anos, desde a gravidez. Deliciosos como este, que trazem aquela sensação de alívio, aquele suspiro junto com um: “nossa, que bom que está tudo bem se eu não falar sempre cantando em pentatônico, se o caos também invadir a minha casa (e a minha mente) de vez quando, se ________ (complete aqui).” Que importante poder desmontar essa maternidade perfeita, se libertar de pitacos e conselhos de quem sabe criar teu filho melhor que você e ainda te dá todas as soluções, mesmo que você não tenha pedido a opinião. São textos necessários. No final, essa desconstrução nos permite sermos mais gentis com nós mesmas. E, sem dúvida, isso chega em nossos filhos. Vamos falar muito sobre o maternar possível de cada dia. Mas que isso não nos deixe inertes em nossa zona de conforto, que essa desconstrução não brigue com nossas possibilidades de crescimento. Que a aceitação da maternidade real, da mulher que posso ser agora, não roube a chance de chegar um pouco mais perto da minha melhor versão. Desconstruir não quer dizer perder nosso norte de como ser melhores referências para nossas crianças e para nós. Porque a zona de conforto seduz. E a zona de crescimento, fica logo ali, a um passinho depois da porta de saída do conforto. Crescer dói, incomoda. Para crianças e para adultos. Então sim, desconstruir a rigidez imposta (por quem? e aceita por quem?), moderar na autoexigência (e na comparação com como o vizinho educa), e em julgar o tempo todo o que não está sendo feito ou que deveria ser feito diferente. Não precisamos ressignificar tudo o tempo todo. Mas ser consciente também de onde tem espaço para melhora. É sobre aceitar a distância entre intenção e gesto e afinar o olhar para quem está bem aí na tua frente. Ter filhos é saber que você tem uma oportunidade. É uma experiência ímpar e sem manual, para romper com velhos hábitos sociais e buscar tua forma mais autêntica. Com a aceitação de que não é possível dar conta de tudo sempre, mas seguir a direção que a nossa flecha aponta para nos aproximar cada vez mais das nossas crianças e, ao mesmo tempo, de nós mesmas.

Estes três princípios formam uma base apaixonante e profunda da pedagogia Waldorf, guiam o fazer dos professores e o olhar sobre o desenvolvimento das crianças. Voltaremos a esse tema mais vezes, mas fica esta pincelada por aqui. Que a gente possa sempre buscar o bom, o belo e o verdadeiro nos outros, no mundo e no prazer de ser quem somos.

É bom lembrar periodicamente alguns aspectos óbvios a respeito da infância: Existem comportamentos pouco desejados por nós. Existe um processo de amadurecimento de como ser e estar no mundo. Existem tentativas de comunicar algo. Mas não existem crianças más. Nem tontas, nem incompetentes, nem nenhum outro adjetivo negativo que possa aparecer na nossa cabeça. A criança deve se reconhecer (e ser vista) como um ser bom. Nenhuma criança se “comporta mal” porque é uma criança má. Detrás de cada “mau comportamento” pode estar uma necessidade não atendida. Quais comportamentos pouco desejados ou difíceis de lidar acontecem por aí?

O que acontece se já coloquei meu filho/filha em tais posições ou se já realizei tais práticas? Primeiro de tudo, não se trata de alimentar culpas, todos fazemos o melhor que sabemos e podemos a cada etapa. Trata-se sim de observar, transformar o olhar e redirecionar outras possíveis práticas. O legal da educação é que sempre somos capazes de ver onde tem espaço para melhora e para modificar as dinâmicas com nossas filhas/filhos. A partir de agora, como transformo minhas pequenas decisões do dia a dia e que influenciam na autonomia dessa criança? No caso específico de ter colocado a criança em uma posição que ela ainda não havia adquirido por ela mesma, dependerá de há quanto tempo isso aconteceu e de uma série de outras particularidades a serem analisadas caso a caso. O que podemos fazer? Nos comentários vou descrever um pouco como poderia acontecer no caso de uma criança que foi colocada sentada apoiada em almofadas desde os 3 meses e que aos 8 meses não é capaz de se virar de barriga pra baixo por ela mesma, como exemplo. Mas em linhas gerais, o ideal é acompanhar a criança para que ela possa fazer o processo por ela mesma, com calma, com delicadeza, preparando o espaço, acompanhando bem de perto e expondo o bebê às posturas que ele já dominava de forma autônoma como ponto de partida. Por períodos curtos, já que provavelmente o bebê vai protestar e a ideia é que volte a se sentir confortável nestas posturas. O movimento deve acontecer a partir do próprio desejo e do prazer de se movimentar. Com alegria, com leveza. Está difícil? Vamos tentar em outro momento ou por um período mais curto. Não podemos fazer uma mudança radical com uma criança que já se acostumou com essa posição. Aos poucos iremos transformando dinâmicas. E sempre (SEMPRE) temos a possibilidade de acompanhar novas conquistas com outro olhar. Que tal começar hoje?

Vamos continuar com nossas observações: O que você vê na primeira foto? E na segunda? O bebê da primeira foto foi colocado sentado. O da segunda não. Conquistou essa postura por si mesmo. O primeiro tem pouca possibilidade de movimento. Tem a musculatura em tensão pelo esforço para sustentar a postura. Se tirar a mãozinha, provavelmente se desequilibra e cai. Seu brincar fica bem limitado já que ele vai depender do adulto para conseguir agarrar objetos. Não é capaz de sair dela porque não chegou nessa posição sozinho. Está “imobilizado” e essa dependência do adulto para entrar e sair nessa postura ou para pegar brinquedos pode gerar uma irritabilidade e agitação maior. Se a gente olhasse esse bebe de lado, veríamos sua coluna com uma curvatura em C, seu abdômen (e seus órgãos internos) comprimidos e suas pernas estáticas para dar algo de estabilidade. O bebê da segunda foto tem outra harmonia em seu movimento. Podemos observar como todo o corpo está ativo, envolvido nesse brincar. Como já domina essa postura, seu equilíbrio e sua maestria para organizar seus movimentos já conquistados permite um brincar mais complexo. Ele já é capaz de escolher o que investigar e como quer brincar. Sua coluna ereta se apoia sobre os ísquios (os ossinhos do bumbum), suas pernas têm agilidade para assumir diferentes posições, dispõe de mãos livres e habilidosas. São dois bebês sentados. Mas conseguimos observar pela postura e pela sustentação do corpo qual foi colocado sentado, ou qual chegou lá sozinho. Podemos observar quem tem domínio de seu corpo nesta posição e quem está com seus gestos limitados. Ver o bebê sentado é um dos momentos que mais gera expectativa e ansiedade aos pais e cuidadores. A rota que o corpo físico e que, animicamente, essa criança percorre em seu desenvolvimento motor, extrapola a postura final conquistada, deixando marcas de como se viveu (e se acompanhou) esse processo. O risco de “ensinar o desenvolvimento motor” é que as conquistas fiquem vazias de sentido e significado para a criança; sem tônus mas com tensão. Você percebe como diferenças sutis podem fazer toda a diferença?

O inverno está prestes a começar aqui no Brasil (oficialmente, porque frio já está) e isso me faz pensar nos pezinhos de bebês e crianças pequenas. Você sabe a importância de deixar os pés descalços sempre que possível? → Os pés têm uma sensibilidade tátil, principalmente nos primeiros meses de vida, tão grande ou inclusive maior do que a das mãos. → Ter os pés livres e descalços no chão é essencial para que o bebê possa obter o máximo de informação possível para conquistar e manter o equilíbrio. Descalços, se movimentam melhor e caem menos. → Permitir que sua filha/filho fique descalço ajudará a desenvolver o pé de maneira adequada. → Pezinhos descalços favorecerem seu movimento livre, já que eles impulsionam o rastejar, engatinhar, caminhar, pegam objetos quando deitados de barriga pra cima e podem sentir o chão como realmente é.⁣⁣ ⁣⁣ Por isso, em dias mais frios, podemos pensar em abrigar bem o corpo da criança, com camadas de roupa, e deixar os pés livres o máximo possível. Que tal um tapete quentinho e aconchegante em pisos muito frios? Claro que em muitos momentos um par de meias ou pantufinhas são mais que bem-vindos! Com informação e bom senso, não tem erro. ⁣⁣⁣ E na sua casa? Tem algum bebê começando a engatinhar, ficar de pé ou andar? ⁣

Tá difícil começar a semana por aí? Lembrete gentil do Essencialismo para se aproximar às nossas crianças e ao nosso dia a dia.

Sobre a reflexão do último post... Um bebê colocado de bruços, sem ter chegado nessa posição por ele mesmo, tem seus movimentos de pernas e braços limitados e, como ainda não são capazes de sustentar a cabeça por muito tempo, não podem explorar visualmente nada que exija um tempo mais prolongado. Isso normalmente gera desconforto e choro até que alguém o coloque novamente em uma posição confortável. Em sua maioria, os bebês colocados nessa posição ficam incômodos e, se os observarmos com atenção, veremos os pequenos (ou grandes) sinais que nos comunicam, mesmo quando colocamos qualquer “distração”. → O que um bebê deitado de barriga pra cima consegue mover? O bebê deitado de barriga pra cima move sua cabeça com rotações em diferentes direções, a partir dos estímulos que recebe ao seu redor, seja pela luz que entra pela janela, algum ruído que escute vindo da rua ou de outra parte da casa, explora o ambiente com seus olhos, acompanha os movimentos do adulto que lhe acompanha. Desde que não tenha nada que restrinja seu movimento (como bebê conforto, almofadas, cadeirinhas de balanço etc), isso é suficiente para rebater a ideia de possíveis deformações de crânio. Os bebês são naturalmente propensos a arredondar a parte de trás de suas cabeças virando-as de um lado para o outro. Ele moverá também seus braços, mãos e pernas em um conjunto complexo de movimentos livres. Assim, começa a experimentar e a testar diferentes gestos, primeiro desfrutando do próprio corpo como brinquedo e, logo, com manipulações mais variadas e ricas de objetos. Resumindo: a riqueza e a plasticidade de movimentos de um bebê deitado de barriga para cima é justamente o que lhe permitirá conquistar por si próprio o “virar-se de lado” e posteriormente de bruços (e todas as posições intermediárias). Até que os bebês sejam capazes de virar de barriga pra baixo por conta própria, a maioria deles vive isso como algo desconfortável, imobilizante e, sem dúvida, altamente desanimador. Sob hipótese alguma isso quer dizer que é só deixar a criança no chão e pronto. Ela precisa de um acompanhamento presente, que o faça sentir seguro e atendido, e um espaço adequado para isso. Seguimos?

A “hora da barriga” ou “tummy time” é a prática de colocar os bebês deitados de bruços, quando estão supervisionados, desde bem pequeninos. Essa ação, difundida entre cuidadores e muitas vezes incentivada por alguns pediatras, tem como objetivo estimular e fortalecer os músculos do pescoço e das costas e prevenir deformações do crânio. Observe as duas fotos. → Qual parte do corpo um bebê colocado de bruços, sem ter chegado nessa posição por ele mesmo, consegue realmente movimentar? → O que um bebê deitado de barriga pra cima consegue mover? Como isso aconteceu ou acontece na tua casa? O que você tem observado?

Você já cuidou ou cuida de alguma planta? Certamente você já teve a experiência de perceber se essa planta precisava de mais água, ou se foi água demais nessa semana e ela quase “se afogou”. Se ela precisa de mais sol ou se foi muito sol e as folhas estão amarelando. Se existe um canto da casa que ela se desenvolve melhor, onde suas folhas ficam mais viçosas. Se o ar circula bem no ambiente, se está muito frio ou muito calor. Com uma planta, a gente escolhe observar para saber como cuidá-la para que ela não só sobreviva, mas que chegue na sua melhor expressão a cada estação. E, como diz Ute Strub, a grama não vai crescer mais rápido se a gente puxar. É a planta que nos diz como cuidar do seu entorno para que ela se desenvolva. E a gente entende. Limpamos seu espaço de plantas espontâneas (as famosas “ervas daninhas”), estamos atentos a quanta luz, água e calor ela recebe, adubamos a terra quando necessário. A gente entende como essa planta é. Ela nos mostra o que precisa. Nós nos adaptamos para cuidá-la. Agora vamos pensar nas nossas crianças a partir desse olhar para a planta. Todos queremos acompanhar nossos filhos com interesse, observá-los para compreendê-los. Cuidar melhor deles, principalmente através dos cuidados com seu entorno para responder às suas necessidades reais (físico, emocional, socioafetivas). O que tuas plantas têm te mostrado? E teus filhos?

Lembrete para enviar lá para a nossa ansiedade e para se perguntar se “precoce” ou “atrasado” tem sentido. E se a referência de comparação for o ponto de partida da própria criança?

Menos é mais. Na grande maioria das vezes, menos é mais e quanto mais simples, melhor. O excesso (de qualquer tipo: de coisas, de estímulos...)satura os sentidos e bloqueia a iniciativa da criança. A observação do brincar do bebê e da criança é chave para saber o que é realmente necessário, pertinente e adequado. O que abre caminho para todas as suas potências latentes. Bebês e crianças com menos brinquedos ou com materiais menos elaborados, fazem um brincar mais complexo, são mais criativos nos possíveis usos desses materiais e, a partir de determinadas idades, usam mais a imaginação. Em outras palavras, materiais mais simples e em menor quantidade permitem à criança pequena brincar de forma mais ativa, mais profunda e mais enriquecedora. O que você tem observado por aí? Com o que seu filho/filha mais brinca? O que você mais lembra da sua infância? Quais eram seus brinquedos e brincadeiras favoritas?

Que a gente possa sempre se guiar e se atualizar através da observação ativa. A observação contínua e atenta nos permite compreender as necessidades específicas de cada criança, ao mesmo tempo que possibilita acompanhar o seu processo de amadurecimento. Nos observar de forma honesta é chave: como falamos, como são nossos gestos, quais são nossos pensamentos, o que em nossos hábitos é vazio e sem sentido. Zelar pela atenção individualizada a cada criança, como um ser único que estabelece relações e influencia nos acontecimentos de seu ambiente. Realmente observar para compreender as necessidades profundas e específicas de cada criança. Nesta primeira etapa, a criança realiza importantes aprendizagens na sua esfera individual, para posteriormente poder assimilar e habituar-se aos códigos sociais e atividades em grupo. Observemos nossas crianças cui-da-do-sa-men-te: do que elas mais falam, como brincam, como comem, como interagem. O que lhes alimenta?

Conceber o espaço da criança como um lugar seguro, cuidado, previsível e estimulante, permite à criança mover-se livremente com confiança. Ao mesmo tempo, este lugar deve oferecer oportunidades para pequenos desafios de acordo com suas capacidades. Um ambiente em que a criança pode fazer todas as coisas que naturalmente faria. Um espaço onde o adulto está presente, amparando emocionalmente, disponível se necessário (mas dedicado a algum afazer ou tarefa própria), sem intervir de forma direta nas experiências. Que o tempo para brincar seja sem interrupções, com liberdade para explorar. Em vez de tentar ensinar novas habilidades para as crianças, oferecer as condições e o tempo necessário para que possam dedicar-se plenamente ao que já estão fazendo. Que cada criança possa desenvolver sua iniciativa a partir do seu próprio interesse, e assim, gradualmente fortalecer a sua autonomia em fazer e descobrir, com a figura do adulto como referência e porto seguro.

A descoberta das pequenas coisas são grandes momentos para as crianças. Ações cotidianas são momentos de aprendizagem: cada encontro é uma vivência que a criança registra e recorda para melhorar a próxima experiência. Através desse processo, entende uma sequência, desenvolve a linguagem, e descobre a si mesmo, para depois de ser capaz de entrar em hábitos sociais e experimentar o vínculo e uma relação de respeito com o adulto. Durante o primeiro setênio, o lar já é um mundo inteiro para a criança. Cuidar, organizar, limpar, regar, cozinhar, criar bem-estar através de atos rotineiros, são atividades que podem parecer banais para os adultos. Basta observar mais de perto para ver que são cheias de sentido e riquezas do fazer humano quando realizadas com presença: são vivências envolventes, cálidas e maravilhosas, principalmente nesta etapa.

O território do brincar é essencial para o aprendizado significativo. É a atividade mais natural e intrínseca da infância. Através do movimento, da atividade espontânea, e do brincar que a criança se reconhece, descobre, explora, cria e assimila a si mesmo e a seu ambiente, dando significado ao mundo. Guiado por seu próprio impulso e curiosidade, a criança se encontra com o prazeroso, e enfrenta o que é difícil, desenvolvendo suas habilidades (físicas, cognitivas, emocionais, comunicativas, sociais ...) e seus próprios recursos de forma integrada.

Como a gente promove e faz uma educação mais simples, cuidadosa e cheia de essência e sentido? Como se ater ao que é essencial, ao que tem valor, qualidade, ao que realmente importa? Nosso propósito é encontrar caminhos a partir da observação (das crianças e de nossas ações como adultos) para acompanhar a primeira infância com um sentido profundo do significado da vida, e ainda assim, com leveza. O objetivo é se despir do desnecessário e do que atrapalha, fazer mais simples e com foco no que é essencial. Pode parecer um baita exercício para nós como adultos, mas com o tempo afinamos o olhar, nos libertamos de pesos desnecessários, nos fortalecemos através da coerência e nossa forma de acompanhar flui de forma diferente e leve. É voltar a validar muitas das intuições e da simplicidade prática com que as avós nos criavam, agora sustentadas também por teorias e estudos científicos. É transformar o que precisa ser transformado para reinventar a educação de acordo com as necessidades das nossas crianças. O que é essencial no desenvolvimento humano desde sempre? Quais são as carências atuais? Vem comigo?

Imagine um rio. Agora imagine que suas margens desaparecem. Para onde vai a água? Em um rio sem margens, a água se perde, se espalha e é absorvida de volta para a terra. Como a água, a criança precisa de margens seguras até se transformar em um rio caudaloso que traça seu percurso. A margem sempre estará lá, dando o contorno necessário à sua trajetória. Limites saudáveis fazem um marco protetor e estável e permitem à criança canalizar a sua energia de maneira construtiva, a gradualmente controlar seus impulsos e viver como um ser bom, um ser de bem. Como afirma a pedagoga Pilar Tetilla, “os pais são as bordas desse rio‐criança por muitos anos, até que nasça nela a consciência e o controle dos impulsos volitivos, os quais são muito fortes na tenra infância”. Estes contornos fazem com que a criança se sinta cuidada, atendida e que gradualmente se torne mais resiliente. Assim, ela é capaz de passar do princípio do prazer e da onipotência do bebê - que tudo pode - ao princípio de realidade, a encontrar-se no contexto social humano e descobrir, aos poucos, o prazer da convivência.

RITMO COMO MAESTRO A vida se movimenta de forma rítmica. Na primeira infância, promover um ritmo saudável de contração e expansão é benéfico para o desenvolvimento, auxilia na vitalidade e traz leveza para a interação familiar. A criança vive o ritmo como um abraço, uma proteção que nutre e permite se apropriar do que acontece no seu cotidiano. E isso pode ser desfrutado com grande encantamento, coroado por canções e pequenos rituais, pela voz que antecipa, pelo gesto gentil, códigos e transições que ajudam a interiorizar o ritmo, como uma coreografia que acontece ao longo do dia entre adultos e crianças. Um ritmo firme (bem diferente de rígido) conduz de forma orgânica a uma convivência familiar saudável, mais organizada, com fluidez e bem estar.

VÍNCULO SEGURO A relação de afeto ao sentir-se reconhecido, validado e acolhido é a base para o desenvolvimento do ser humano. Não existe melhor imagem para traduzir este conceito do que “ser colo”, acolher, seja com o toque, com o olhar, com as palavras. Convidar a criança desde a mais tenra idade a ser um participante ativo nos seus cuidados cotidianos e atividades estabelece um vínculo seguro. A cooperação mútua que ocorre ao trocar fraldas, agasalhar em dias mais frios, comer ou dormir permite à criança sentir-se como um ser bom. Cada momento de cuidado é uma oportunidade de presença e dedicação e permite o desfrute e o interesse mútuo. Cada descoberta ou desafio no brincar é uma ocasião propícia para se sentir estimado e acompanhado.

UM SER CAPAZ E AUTÊNTICO A criança é um ser capaz, um explorador nato pronto para aprender e que está preparado para fazê-lo a cada momento, de acordo com suas habilidades em seu processo de crescimento. É preciso confiar em suas capacidades, fornecer apenas as ajudas necessárias, que lhe permitem desfrutar o domínio de suas próprias ações, e dar sentido ao que está experimentando como um ser autêntico, que se sente seguro, competente, valorizado.

by @piesautomaticos (sempre presente, mesmo quando não aparece na foto, viu?).

Sim, você decidiu vir assim. De repente, inesperada mas muito desejada, decidida, espontânea, natural e com essa força arrebatadora da natureza que deixa a qualquer surpreso ao ouvir nossa história. Uma confirmação mais daquilo que não pode morrer nunca. Anos antes da tua vinda, você sussurrou teu nome no ouvido do teu pai. Ele falou em voz alta e eu também tinha escutado. Te chamamos em estrelas cadentes e em velas de aniversário, imaginamos e sonhamos muitas possibilidades para tua vinda, mas nenhuma tão bela quanto a que a vida escolheu para nós três. Mar. Origem de toda vida, essa abundância misteriosa, imensa, contínua, profunda. Tua vinda traz emoções tão fortes a tanta gente que já me arrepia e me emociona. Me sinto privilegiada por você nos escolher para te acompanhar nessa vida. Estamos preparando nossas mãos com delicadeza, nossos corações com intensidade e nossa mente com serenidade para te receber. @piesautomaticos @thaislefcadito

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Iceland again....secret lagoon, -3ºC. With @piesautomaticos

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Últimos raios de sol do primeiro dia de 2018. Vem coisa boa por aí.

Sanduíche de céu.

Cara de tarado