CUIDADOS DESAGRADÁVEIS

Thais Lefcadito • November 10, 2021

Cuidados desagradáveis … Como lidar com isso?

Estamos falando daquelas pequenas ações de cuidados que podem provocar reações muito desagradáveis. Tomar um xarope ruim para dor de garganta, uma vacina, limpar o nariz com soro fisiológico em um resfriado. Para algumas crianças, limpar a boca após a refeição ou lavar o cabelo no banho gera desconforto.

Como você vive esses momentos com suas filhas/filhos?

A tentação de resolver rapidinho sem avisar a criança, de soltar um “não é nada”, ou um “não precisa chorar, tá?”, pode ser bem grande. Quem não se lembra de uma mão de adulto chegando de surpresa e limpando o nariz com um movimento forte, rápido e brusco?

 

Acompanhar o outro em momentos de medo, de dor ou de desconforto é bastante desafiador. Quando será que a gente aprendeu a deixar o sentimento de lado e querer evitar ou parar o choro de qualquer maneira?

 

Talvez porque o desconforto da criança ative algum gatilho nosso. E o que fazemos? Terminamos por mentir ou enganar como uma forma enviesada de carinho para acompanhar alguém que está em uma situação desagradável. 

 

Vemos exemplos dessa postura em vários vídeos que circulam nas redes sociais de aplicações de vacina em bebês de uma forma “divertida”, em que o bebê “nem percebe” ou “não sofre”. Será que é assim mesmo? Que mensagem realmente transmitimos? 

 

Dizer que não vai doer nada a picada da vacina (ou diretamente não dizer nada), ou dizer que “não é nada”, fingir que é divertido, distrair a criança e tentar fazer “bem rapidinho”, chantagear para a criança tomar o xarope (“se não depois não tem sobremesa”) não só quebra uma conexão de confiança, como também não é sustentável por muito tempo (quando por exemplo a criança vai precisar tomar o xarope 3 vezes ao dia por uma semana). 

 

Ludibriar a criança pode parecer o caminho mais fácil, mas o grande risco aqui é alimentar a angústia da criança que não sabe o que vai acontecer nem quando. 

 

No próximo post, vamos abordar sobre como podemos acompanhar esses momentos de forma mais respeitosa.

RITMO
Por Thais Lefcadito 10 de novembro de 2021
Já falei sobre ritmo antes aqui, é um dos temas que mais intriga e guia durante o primeiro setênio. Qual é o seu ritmo? Como você estabelece um ritmo adequado com bebês? Com crianças mais velhas? Com mais de um filho? Por que ritmo e não rotina?
O QUE MUDA?
Por Thais Lefcadito 10 de novembro de 2021
Por que a gente acompanha as crianças do jeito que a gente faz? O que muda com as nossas pequenas decisões no dia a dia das crianças?
“SER ANDADO” OU ANDAR
Por Thais Lefcadito 10 de novembro de 2021
Aposto um dinheirinho que você também tem a imagem de um bebê começando a caminhar segurando o dedo ou a mão de um adulto. Muitos de nós crescemos assim. Inclusive nos enche de ternura, ver uma mãe ou um avô segurando as duas mãozinhas do bebê.
SER BALANÇADO OU BALANÇAR
Por Thais Lefcadito 10 de novembro de 2021
Como o bebê da primeira foto chegou ali? Sem dúvida com a ajuda de outra pessoa. Uma criança mais velha ou um adulto. Qual parte do seu corpo está realmente ativa? Que domínio ele tem sobre esse balançar? O controle e o protagonismo da brincadeira está na mão de quem balança. A velocidade, a intensidade, o quando parar.
OLHAR O COMPORTAMENTO SEM JULGAMENTO
Por Thais Lefcadito 10 de novembro de 2021
Quantos comportamentos dos teus filhos te tiram o sono, a leveza, o centro, e às vezes até a paz? Sem dúvida a gente já escutou mais de uma vez e em mais de um lugar (seja por profissionais da educação e por aquela sábia tia-avó que já criou mais de dez crianças) que simplesmente são:
COMO ACOMPANHAR CUIDADOS DESAGRADÁVEIS
Por Thais Lefcadito 10 de novembro de 2021
O bebê ou a criança precisa tomar uma vacina? Vai ao médico olhar o ouvido em plena crise de otite? É preciso limpar seu nariz várias vezes ao dia? Quais alternativas temos para acompanhar de forma respeitosa essa criança, que deixa de ser um sujeito passivo nas mãos de adultos e pode, de alguma forma, conhecer e inclusive se envolver no seu próprio cuidado, ainda que não seja a coisa mais agradável do mundo?
O ESPAÇO PESSOAL QUANDO TUDO SAI DO EIXO.
Por Thais Lefcadito 10 de novembro de 2021
E já daria para escrever uns 3 e-books sobre o desafio de enfrentar a necessidade de previsibilidade das crianças, os tempos de adaptação, expectativa X realidade, rede de apoio e sobre como lidar com os perrengues e imprevistos com o máximo de leveza possível.
QUE O MATERNAR POSSÍVEL NÃO OFUSQUE A MÃE QUE QUERO SER
Por Thais Lefcadito 10 de novembro de 2021
Lendo o texto da @leticiagicovate na @revistatpm pensei em muitos dos textos que li nos últimos dois anos, desde a gravidez. Deliciosos como este, que trazem aquela sensação de alívio, aquele suspiro junto com um: “nossa, que bom que está tudo bem se eu não falar sempre cantando em pentatônico, se o caos também invadir a minha casa (e a minha mente) de vez quando e se _________ (tudo o que você achar que cabe aqui).”
VOCÊ CONHECE A RELAÇÃO DESTES 3 PRINCÍPIOS COM A PEDAGOGIA WALDORF? BONDADE, BELEZA, VERDADE.
Por Thais Lefcadito 10 de novembro de 2021
Nos seus primeiros anos, a criança depende bastante do cuidado, do alimento (em seu sentido amplo) e da orientação dada pelo acompanhamento do adulto.
NÃO EXISTEM CRIANÇAS MÁS
Por Thais Lefcadito 10 de novembro de 2021
“No meu mundo não existem crianças más. Apenas jovens impressionáveis e conflituosos, lutando contra emoções e impulsos, tentando comunicar seus sentimentos e necessidades da única maneira que têm agora.”
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