Como o bebê da primeira foto chegou ali? Sem dúvida com a ajuda de outra pessoa. Uma criança mais velha ou um adulto. Qual parte do seu corpo está realmente ativa? Que domínio ele tem sobre esse balançar? O controle e o protagonismo da brincadeira está na mão de quem balança. A velocidade, a intensidade, o quando parar.
A criança da segunda foto é mais velha, consegue controlar como, quando e por quanto tempo balançar. É o agente ativo e o protagonista do seu brincar. Vai só até onde quer e até onde seu corpo permitir.
“Mas ele/ela gosta! Sorri pra mim!” O riso, nem sempre sai só por alegria. Pode ser por nervosismo, por agitação ou por sobre-excitação.
Surpreende que muitos parquinhos públicos disponham somente do primeiro tipo de balanço. Supostamente mais seguro, a criança depende do adulto para subir, para balançar, para descer. São para que os adultos sejam ativos nesse brincar e para que as crianças tenham somente as sensações ou reações a essa atividade do adulto.
A criança precisa sim ter experiências de equilíbrio, desequilíbrio, de passar pelo centro e ir para a periferia. Mas ela precisa ter domínio sobre como vive isso.
O sentido do equilíbrio vai amadurecendo gradualmente(o que pode demorar uma grande parte da sua primeira infância).
Quando a criança já é capaz de usar bem as palavras e se expressar bem, pode ser um momento gostoso de interação, sem dúvida. Ainda assim, não é mais saudável que a criança seja mestre do seu brincar? O adulto pode estar sempre perto, e encontrar outras formas de acompanhar.
Que ela encontre a maneira de subir, balançar (para os mais novos, balançar apoiando a barriga pode ser um bom começo), aumentar ou diminuir a intensidade, rodopiar ou balançar para frente e para trás, descer.
Você já tinha parado para pensar nisso?