10 dias fora de casa.
E já daria para escrever uns 3 e-books sobre o desafio de enfrentar a necessidade de previsibilidade das crianças, os tempos de adaptação, expectativa X realidade, rede de apoio e sobre como lidar com os perrengues e imprevistos com o máximo de leveza possível.
Uma viagem para qualquer lugar ou qualquer mudança significativa na vida da criança e tudo sai do eixo.
Ainda mais se tiver impactos adicionais como jet lag, mudança radical de temperatura (de 7 a 37 graus), cheiros, sons, luz, duração do dia, tudo diferente.
Nascida na pandemia, essa bebê conheceu, pela primeira vez aos 9 meses, mais pessoas do que viu em toda sua existência (e bem no momento da ansiedade de separação).
Nas noites intermináveis de calor e demanda, penso sobre como é importante o adulto se autorregular a todo instante. Afinal, também sente toda a mudança no seu organismo, somada ao cansaço de atender um bebê ou criança que fica ainda mais demandante nessas ocasiões.
Só que o adulto é adulto e já tem ferramentas pra lidar com isso. A criança está em desenvolvimento, seu cérebro e todo seu ser ainda não estão maduros e dependem do adulto para regular seus estados de mal-estar e bem-estar.
Quando tudo o que conhece muda de repente, esse adulto é sua única referência conhecida e segura.
Então vamos respirar 10 vezes profundamente (lembrar que essa fase passa voando) e desfrutar da sensação de ser o porto mais seguro de alguém.
Você já viveu isso? Quais são teus recursos para se autorregular?
O vídeo postado por @lavidamadre.es é o retrato perfeito deste momento.