O que acontece se já coloquei meu filho/filha em tais posições ou se já realizei tais práticas? Primeiro de tudo, não se trata de alimentar culpas, todos fazemos o melhor que sabemos e podemos a cada etapa. Trata-se sim de observar, transformar o olhar e redirecionar outras possíveis práticas.
O legal da educação é que sempre somos capazes de ver onde tem espaço para melhora e para modificar as dinâmicas com nossas filhas/filhos. A partir de agora, como transformo minhas pequenas decisões do dia a dia e que influenciam na autonomia dessa criança?
No caso específico de ter colocado a criança em uma posição que ela ainda não havia adquirido por ela mesma, dependerá de há quanto tempo isso aconteceu e de uma série de outras particularidades a serem analisadas caso a caso.
Nos comentários vou descrever um pouco como poderia acontecer no caso de uma criança que foi colocada sentada apoiada em almofadas desde os 3 meses e que aos 8 meses não é capaz de se virar de barriga pra baixo por ela mesma, como exemplo.
Mas em linhas gerais, o ideal é acompanhar a criança a fazer o processo por ela mesma, com calma, com delicadeza, preparando o espaço, acompanhando bem de perto e expondo o bebê às posturas que ele já dominava de forma autônoma como ponto de partida. Por períodos curtos, já que provavelmente o bebê vai protestar e a ideia é que volte a se sentir confortável nestas posturas.
O movimento deve acontecer a partir do próprio desejo e do prazer de se movimentar. Com alegria, com leveza.
Está difícil? Vamos tentar em outro momento ou por um período mais curto.
Não podemos fazer uma mudança radical com uma criança que já se acostumou com essa posição. Aos poucos iremos transformando dinâmicas.
E sempre (SEMPRE) temos a possibilidade de acompanhar novas conquistas com outro olhar.
No exemplo que comentei acima: os passos de forma mais detalhada seriam: